Cerca de trinta damas de branco junto à sua líder Berta Soler, foram detidas na madrugada desta quinta-feira pela polícia política do Governo cubano, logo que na quarta-feira fossem constantemente assediadas por ter comemorado em sua sede o dia do aniversário de nascimento de sua fundadora Laura Pollán, falecida no dia 14 de outubro do 2011.

O site das Damas de Branco no Facebook informou que junto às mulheres foi detido o ex-prisionero de consciência do grupo dos 75, Angel Moya. O fato ocorreu no terminal de ônibus quando se preparavam para retornar às suas províncias de origem.

As Damas de Branco, conhecidas por sua luta pacífica pelos direitos humanos em Cuba, já tinham sofrido nos últimos dias perseguições e detenções para evitar a homenagem à líder Laura Pollán.

"A polícia política as esteve ameaçando e dizendo que tinham que ir embora dali, que não as queriam em grupo", denunciou em sua conta de twitter José Daniel Ferrer, Coordenador da União Patriótica de Cuba.

Por sua parte, a agência Hablemos Press informou que na quarta-feira, 13, várias destas mulheres "foram arrastadas, golpeadas e abandonadas nos subúrbios da capital, e outras nas províncias de Artemisa e Mayabeque".

Até o fechamento desta nota era desconhecido o paradeiro das pessoas detidas. ACI Prensa, a agência do grupo ACI para o mundo de fala hispana, tentou comunicar-se com as Damas de Branco por via telefônica mas, conforme informou a operadora, quando marcava-se o número de Berta Soler uma gravação respondia que este telefone "não pode receber chamadas neste momento".