O Diretor Executivo em Washington D.C. do Centro Americano de Lei e Justiça (CALJ), Jordan Sekulow, informou que o pastor cristão, Saeed Abedini (32), foi sentenciado por um juiz iraniano a oito anos da prisão por supostamente ter ameaçado a segurança local através de sua liderança nas igrejas iniciadas pelo mesmo ao redor do país.

Anteriormente o líder cristão, que é cidadão americano, já tinha sido ameaçado pelas autoridades iranianas pelo seu trabalho, mas em 2009 chegou a um acordo com o governo que lhe permitiu viajar livremente dentro e fora do país. O pastor, que se dedicou a apoiar casas de órfãos, foi detido ilegalmente quando se dirigia à casa dos seus pais em setembro do 2012. Naquela ocasião Sekulow informou que Abedini tinha sido levado a uma das “mais notórias e brutais prisões do país”.

No dia 12 de fevereiro o líder da CALJ revelou que tem informação de que o pastor foi torturado e maltratado física e psicologicamente na prisão.

Desde sua detenção, a CALJ vem trabalhando para obter a libertação de Abedini, e junto ao Centro Europeu de Lei e Justiça (CELJ), apresentaram uma petição à Organização das Nações Unidas (ONU) para pressionar o governo Iraniano e tirá-lo da prisão.

“Ao mostrar sua história ante uma audiência global, temos a esperança que os estados membros e outras organizações se convertam em uma voz forte”, disse Sekulow que também procura aumentar a visibilidade mediática deste preocupante caso.

Além disso ele assinala que não há melhor caso para o Conselho dos Direitos humanos que "um cidadão americano detento em uma nação que não só rechaça a liberdade religiosa e as leis dos direitos humanos, mas sim também se mostrou hostil à lei internacional que protege os direitos mais básicos das pessoas”.

O CELJ, que tem o caráter consultivo de uma organização não governamental nas Nações Unidas, junto ao Conselho de Direitos Humanos, apresentou um documento que assinala as violações em que incorre o Irã tanto à Declaração Universal dos Direitos humanos como ao Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos e pede ao Conselho que condene as ações do Irã, e solicite a libertação imediata de Abedini.

O órgão também pede ao conselho que pressione o Irã para que cumpra sua obrigação de "proteger e respeitar a dignidade de todos os seres humanos".

Sekulow espera que ao menos 47 estados membros “se levantem favor do caso de Saeed Abedini, e que queiram apresentá-lo no próximo mês nos argumentos orais ante o Conselho”.

A família de Abedini no Irã está sob prisão domiciliar enquanto que sua esposa e filhos estão nos Estados Unidos lutando para obter sua libertação e denunciam as consequências deste encarceramento para eles e seus seres queridos.