O jornal A Razão publicou nesta quarta-feira a relação dos doze mais destacados personagens públicos da  vida política, social e educativa que tentam consolidar a ideologia laicista na sociedade espanhola seguindo uma “bem definida” estratégia elaborada do partido do Governo.

Segundo o semanário Fé e Razão, a tentativa de mudar a estrutura atual do Estado de “aconfesional” a “laico” –que exclui o religioso, e especialmente a Igreja Católica da vida pública– não é por acaso ou uma “simples idéia do atual presidente” José Luis Rodríguez Zapatero mas efetivamente responde a uma “estratégia bem definida por teóricos do laicismo próximos ao PSOE”.

Como amostra de tudo isso, a publicação assinalou que “um grupo de associações laicistas, encabeçadas pela associação CIVES, acaba de apresentar ao Governo um Manifesto por uma Sociedade Leiga, redigido no ano 2002, no que se chega a afirmar que ‘a Constituição estabelece o caráter aconfessional, quer dizer, leigo, do Estado espanhol’”.

Entre os denominados “gurús do Estado leigoo beligerante”, A Razão aponta o Gregorio Peces-Barba, a quem qualifica de “líder do laicismo”. Reitor da Universidade Carlos III de Madri, Alto Comissionado para as Vítimas do Terrorismo e Ex-presidente do Congresso, Peces-Barba “foi uma voz extremamente influente na ‘”Itinerário”’ que o PSOE anunciou ao começo de sua legislatura para terminar com a aconfessionalidade do Estado”. “Igualmente, e desde a Carlos III, foi o impulsor da Cadeira de Laicidade e Liberdades Públicas Fernando dos Rios, aríete dos socialistas para tentar acabar com a religião católica na Educação”, apontou o jornal.

Entre os “teóricos do laicismo de major influência no seio do Executivo” figuram destacadas personalidades do magistério como Dionisio Llamazares, diretor da Cadeira de Laicidade e Liberdades Públicas da Universidade Carlos III; Marta Mata, presidenta do Conselho Escolar do Estado; Carlos Berzosa, reitor da Universidade Complutense; e Lola Abello, presidenta da Confederação Espanhola de Associações de Pais e Mães de Alunos (CEAPA), quem, além disso, “solicitaram a revisão dos acordos com a Santa Sé ou que a Religião não seja avaliável nos colégios e institutos públicos”.

Em opinião do semanário, esse grupo também está integrado por líderes políticos como o Secretário de Movimentos Sociais do PSOE, Pedro Zerolo –quem em alguma oportunidade “afirmou que os bispos ‘são um perigo para a saúde mental e o normal desenvolvimento das sociedades avançadas’ e o deputado socialista Álvaro Cuesta, Gonzalo Ponte Ojea, “ex-embaixador no Vaticano” e “um mito vivente do laicismo socialista”; a ministra de Educação, María Jesus San Segundo.

Engrossam a lista de “leigos mais laicistas do PSOE”, o titular de Justiça Juan Fernando López Aguilar e os deputados Victorino Mayoral e Miquel Iceta, socialista da Cataluña que “são os porta-vozes do laicismo inspiradores de medidas tão espinhosas como o as uniões homosexuais