Um bebê de 13 meses morreu no contexto de uma disputa entre seus pais e um grupo de funcionários que pretendiam multar o casal por ter tido um terceiro filho, violando com isso a política do filho único, no leste da China.

O sucesso ocorreu na segunda-feira passada, 4 de fevereiro, quando onze funcionários do Governo de Qingxiang exigiram a Chen Liandi e Li Yuhong que pagassem uma multa dentre 30 e 40 mil yuanes (mais de 4700 dólares) sob ameaça de prisão.

Os pais se negaram e desatou-se uma forte discussão durante a qual o bebê caiu ao chão e foi atropelado por um dos carros dos funcionários, sem que os pais pudessem fazer nada. Embora tenha sido hospitalizado, finalmente faleceu.

O sucesso provocou que milhares de pessoas se concentrassem diante a sede do Governo local para exigir uma postura de seus dirigentes, conforme informaram várias testemunhas à agência de notícias Xinhua.

Depois da multitudinária protesta, a Polícia local deteve ao chefe do Partido Comunista da China (PCCh) em Qingxiang e o condutor do veículo, identificados como Bai e Cheng, indiciado pelos fatos.

O regime comunista somente permite que os casais chineses tenham um filho no caso das cidades grandes e até dois nas zonas rurais. Grupos pró-Direitos Humanos denunciaram numerosos abusos na aplicação desta política de planejamento familiar, entre eles abortos e esterilizações forçosas.

No mês passado de junho, uma mulher da província de Shaanzi (noroeste), Feng Jianmei, foi obrigada a abortar em seu sétimo mês de gestação o seu bebê porque não pôde pagar a multa de 40 mil yuanes. Depois de revelar o escândalo foi indenizada com 70 mil e 600 yuanes (quase 11 mil e 200 dólares).