Oswaldo Payá, líder do Movimento Cristão Liberação (MCL), solicitou à União Européia (UE) que determine “presos e prazos” com Cuba para libertar aos dissidentes que ainda estão encarcerados.

Em uma entrevista concedida à agência EFE, Payá demandou a liberação dos dissidentes condenados no ano 2003, já que para ele, “as liberações são imprescindíveis e um ato de justiça que abriria um caminho de reconciliação e uma mudança que o povo cubano necessita”.

Entretanto, o ativista cubano nota “muita arrogância e soberba no regime” que afirma que não aceita pressões do exterior para iniciar a liberação de todos e cada um dos dissidentes.

“Mantê-los na prisão é a expressão da opressão que se mantém contra todo o povo”, anotou, aludindo aos 61 dissidentes condenados faz dois anos e que ainda estão presos.

“Os cubanos têm seus direitos”, indicou, com independência das pressões da UE, que, em sua opinião, está frente a um “desafio moral” em relação com Cuba.

Em 18 de março do 2003 começou a onda de detenções de opositores que derivou em caminhos condena a prisão para 75 dissidentes, dezenas deles pertencentes ao Projeto Varela, uma iniciativa de reformas constitucionais que Payá respaldou com a entrega de mais de 25 mil assinaturas no Parlamento.

Após, o Governo deixou em liberdade só a 14 dissidentes utilizando a fórmula de licença por motivos de saúde.