A Fundação católica internacional Ajuda à Igreja Que Sofre (AIS) aprovou um pacote de ajudas na soma de 155.000 euros (207 mil dólares) para diferentes projetos de ajuda aos refugiados e outras vítimas da guerra nas zonas fronteiriças da Síria com a Jordânia e o Líbano.

Este pacote de ajudas se soma aos 474.000 euros (quase 600 mil dólares) que AIS contribuiu no ano passado a esta mesma causa.

O responsável por Projetos para o Oriente Médio na AIS, o Padre Halemba, indicou que, desde o início do ano novo, foram recebidas "numerosas chamadas de ajuda urgente procedentes da Síria e de países vizinhos" e apontou que já estão tramitando novas solicitudes de ajuda para a cidade de Aleppo e o denominado Vale dos Cristãos, onde se encontra a cidade de Homs, região em que a situação dos refugiados é "especialmente crítica".

"Os cristãos da Síria vivem com medo. Chegam-nos informações sobre como está sofrendo a população pelas lutas. A tensão é quase insuportável. Os cristãos de Síria não têm perspectiva alguma; o futuro em seu próprio país é incerto e procuram o apoio da Igreja. Por isso é importante distribuir as ajudas através de estruturas eclesiásticas", sublinhou Halemba.

Além disso, o sacerdote insistiu em que é indispensável dar esperança aos cristãos sírios que vivem como refugiados dentro de seu próprio país, sobre tudo pelas crianças, que são as que mais sofrem com a situação.

"Não podemos limitar a ajuda ao aspecto humanitário: os mantimentos, os medicamentos e as mantas são importantes; em condição de instituição humanitária da Igreja, temos que atender os refugiados também no aspecto religioso, por exemplo pondo a disposição deles sacerdotes", destacou.