Durante a celebração do Dia da Caridade, o Arcebispo do México, Cardeal Norberto Rivera Carrera, denunciou a existência de uma campanha “que tenta justificar a morte dos inocentes” no ventre materno, assim como dos anciões e crianças com má formações por meio da eutanásia.

Durante sua homilia na Catedral Metropolitana, o Cardeal explicou que assim como a contaminação ambiental despede um aroma fétido, na sociedade atual há realidades que “cheiram mau”, como “a violência crescente, a mentira institucionalizada, a pobreza não reconhecida, a mulher instrumentalizada” e as campanhas a favor da eutanásia e o aborto que só procuram a morte de inocentes.

O Arcebispo assinalou que embora para o ser humano viver é sua máxima aspiração, a morte e a dor continuam presentes ao longo da sua existência, apesar dos avanços da medicina.

Entretanto, recordou que o Senhor promete a vida, e assim a narração da ressurreição de Lázaro, cuja morte representa “à humanidade morta pelo pecado”, é só “um símbolo e um anúncio da verdadeira ressurreição de Cristo que celebraremos na Semana Santa ”.

Diante das centenas de paroquianos, o Arcebispo advertiu que o que acontece a nível pessoal “também pode acontecer a nível social”, porque “nossa sociedade é um organismo vivente” chamado Por Deus “a viver e a dar vida”, mas que adoece e morre quando o Senhor não é tornado presente por seus integrantes.

Acrescentou que o cristão está chamado a secundar “os projetos que dão vida”, assim como às autoridades que trabalham pelo autêntico desenvolvimento de suas comunidades. O Cardeal recordou que o tempo de Quaresma que estamos vivendo culmina na ressurreição, “celebrando a vida”.

Fazendo referência ao Dia da Caridade, o Cardeal Rivera Carrera explicou que esta deve ser entendida “como promoção da prática do amor fraterno”, que se solidariza através de obras com os mais fracos e pobres.

Por isso, o Arcebispo chamou à paróquia em geral “a nutrir do Espírito de Cristo” e a impregnar “de uma autêntica espiritualidade seu compromisso social cristão”, porque tal como o assinala o Concílio, a Igreja desde os seus inícios era reconhecida  pelo sinal distintivo da caridade.