O Congresso do Uruguai debate esta semana o mal chamado "matrimônio" gay, que supõe a modificação do Código Civil desta nação para permitir as uniões de pessoas do mesmo sexo.

Conforme assinalam meios locais, a Comissão de Constituição e Códigos da Câmara de Deputados votará na quarta-feira 14 os 29 artigos que conformam o projeto de lei, apresentado em agosto de 2011.

Embora a iniciativa conte com o apoio do Frente Amplo, partido do presidente José Mujica, que há poucos dias promulgou a lei que despenalizó o aborto, os legisladores admitem que entre eles há distintas posturas sobre o tema.

Federico Graña, do grupo Ovelhas Negras, que faz parte do lobby gay e que participou da redação do projeto, qualificou a iniciativa como um "grande avanço para a sociedade uruguaia".

O Partido Nacional, da oposição, expressou seu rechaço a chamar de matrimônio a união de pessoas do mesmo sexo e Francisco Gallinal, senador desta bancada partidária, assegurou ao jornal uruguaio El Pais que sua aprovação "desestimula a família biológica protegida pela Constituição da República".

A doutrina católica não aprova o mal chamado "matrimônio" gay porque atenta contra a natureza, sentido e significado do verdadeiro matrimônio, constituído pela união entre um homem e uma mulher, sobre a qual se forma a família.

O Vaticano e os bispos em diversos países do mundo denunciaram que as legislações que pretendem apresentar "modelos alternativos" de vida familiar e conjugal atentam contra a célula básica da sociedade.