Depois de três semanas de trocas de opiniões e consultas com peritos eclesiásticos, a XIII Assembléia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos aprovou na manhã desta sexta-feira por unanimidade, a mensagem final desta histórica reunião.

Embora não se trata do fruto final do Sínodo, esta mensagem servirá de base para a Exortação Pós-Sinodal que o Papa Bento XVI publicará em breve.

Os responsáveis por apresentar o texto à imprensa, foram o Arcebispo de Florência (Itália), Card. Giuseppe Betori; o Arcebispo de Montpellier (França), Dom Pierre-Marie Carré; e o Arcebispo de Manila (Filipinas), Dom. Luis Antonio G. Tagle, que conformam a comissão para a elaboração da mensagem.

Dom Betori assinalou que se trata de uma mensagem "acima de tudo alentadora e de exortação", e que na transmissão da palavra do Evangelho, os cristãos "não podemos ter medos, porque se o tivéssemos negaríamos a existência de Cristo".

Além disso, explicou que para a elaboração do texto seguiram um processo de votação de comunhão, no que não houve maiorias nem minorias, e recordou que o objetivo da mensagem em si mesmo, deve esperar à Exortação Apostólica, que deverá ser assinada previamente pelo Papa Bento XVI.

A mensagem do Sínodo inclui como novidade umas palavras dedicadas à Igreja nos diversos continentes do mundo, e suas respectivas regiões.

"Impressiona de modo especial como no decorrer dos séculos tenha se desenvolvido formas de religiosidade popular, de serviço da caridade e de diálogo com as culturas. Agora, diante de muitos desafios do presente, em primeiro lugar a pobreza e a violência, a Igreja na América Latina e no Caribe é exortada a viver num estado permanente de missão, anunciando o Evangelho com esperança e alegria, formando comunidades de verdadeiros discípulos missionários de Jesus Cristo, mostrando no empenho de seus filhos como o Evangelho pode ser fonte de uma nova sociedade justa e fraterna. Também o pluralismo religioso interroga as Igrejas da região e exige um renovado anúncio do Evangelho”.

A mensagem total percorre através de 11 páginas, 14 pontos básicos para anunciar o Evangelho. Entre eles, destaca-se: saciar o desejo mais profundo do coração; o encontro pessoal com Jesus Cristo na Igreja; a escuta das Escrituras; evangelizar-nos a nós mesmos e dispormo-nos à conversão; reconhecer no mundo de hoje novas oportunidades de evangelização.

Também se refere à aplicação da evangelização à família e a vida consagrada; o caminho para que os jovens possam encontrar-se com Cristo; o contemplar o mistério e ser próximos aos pobres; e não esquecer a figura de Maria como a estrela que nos ilumina no deserto.