O Secretariado de Evangelização e Catequese da Conferência de Bispos Católicos dos Estados Unidos (USCCB), publicou um documento de sete pontos de reflexão sobre a Nova Evangelização, como parte das celebrações em torno do início do Ano da Fé e o 50º aniversário do Concílio Vaticano II.

Os Prelados americanos assinalam que a Nova Evangelização não pode ser distinta em conteúdo àquela que a Igreja sempre realizou. A guia de reflexão enumera sete características da iniciativa:

1.- "Não é nova em conteúdo, mas nova na sua energia e enfoque". Diante de um mundo que procura respostas para as inquietudes mais profundas, "é um chamado a compartilhar Cristo e trazer o Evangelho, com renovada energia e através de métodos em constante mudança, a novos e diferentes públicos".

2.- "Esta começa com a conversão pessoal". A guia recorda que o Papa Bento XVI falou do processo de alimentar a própria fé para assim poder irradiá-la como ilustra a parábola do pequeno grão de mostarda do qual pode sair uma grande árvore.

"A Nova Evangelização começa internamente e se estende para fora. Estamos chamados a aprofundar nossa própria fé para melhor compartilhá-la com os demais", explica o texto. "A conversão a Cristo é o primeiro passo".

3.- "É para crentes e não crentes". A Igreja faz o chamado a reanimar a prática da fé àqueles que comparecem à Eucaristia dominical, aos católicos inativos ou àqueles que não consideram que a religião seja parte de sua vida.

Os crentes são um alvo concreto também porque, como assinalou o Arcebispo da Filadelfia, Dom Charles Chaput, às vezes "as pessoas mais difíceis de serem evangelizadas são as que pensam que já estão convertidas".

4.- "Trata-se de um encontro pessoal com Jesus Cristo". A condição necessária para compartilhar a fé é ter experientado anteriormente a presença de Cristo na própria vida. Este encontro é o que promove a Nova Evangelização. "Os esforços mais autênticos e eficazes são os mais próximos a Cristo", recorda a guia.

5. "Não é um momento isolado, mas uma prática contínua". O texto recorda que o processo de conversão e de encontro com Cristo deve ser constante e dura toda a vida. Para isso, a Igreja conta com um grande tesouro.

"Os católicos têm a bênção de encontrar o seu Senhor e Salvador, Jesus Cristo, nos sacramentos". Desta fonte se alimenta o espírito para poder viver de uma forma que reflita o amor de Deus a outros.

6.- "Está feita para rebater a cultura secular". A guia recorda que os cristãos devem ir contra a corrente que se afasta de Deus e da religião. Ao contrário, devem compartilhar a Cristo com entusiasmo, de palavra, pensamento e com o testemunho de suas vidas.

"Por isso o Papa Bento XVI motiva os católicos a estudarem a vida dos Santos neste Ano da Fé e a aprender do seu exemplo", explica o documento, que também cita uma célebre frase de G.K. Chesterton, um dos mais notórios autores conversos do século XX: "Cada geração é convertida pelo santo que mais a contradiz".

7.- A  Nova Evangelização “é uma prioridade da Igreja". Esta foi uma das prioridades dos 26 anos de pontificado do beato João Paulo II. De igual forma, Bento XVI criou o Pontifício Conselho para a Nova Evangelização e fixou este tema para o presente Sínodo dos Bispos. Os bispos dos Estados Unidos elaboraram um importante documento que fomenta o retorno dos católicos inativos à vida de fé.

"A Nova Evangelização tem um sentido de urgência", conclui a guia de reflexão, "uma urgência de que todos os católicos abracem a graça de seu chamado batismal e compartilhem a Boa Nova de Jesus Cristo com sua família, seus amigos e seus vizinhos".