O diretor do escritório de imprensa da Companhia de Jesus em Roma, Padre Giuseppe Bellucci, assinalou que a postura a favor da fecundação in vitro na Costa Rica, expressa pela Loyola Law School em Los Ángeles (Estados Unidos), não é a postura da ordem.

Em diálogo telefônico com o grupo ACI, o porta-voz dos jesuítas em Roma (Itália) explicou que a postura da Companhia de Jesus em relação à fecundação in vitro é a "da doutrina da Igreja, portanto não temos uma política diversa".

O sacerdote fez esta explicação ao ser consultado sobre o recente apoio de um grupo de alunos da citada escola de leis à fecundação in vitro na Costa Rica através de um "amicus brief", um documento apresentado ante a Corte Interamericana de Direitos Humanos –liderada pelo peruano Diego García Sayán– para alentar esta prática nesse país.

O Padre Bellucci explicou ademais que os jesuítas na Costa Rica praticamente "não existimos. Sim é certo que há trabalhando por ai um ou dois padres, mas não estamos presentes na Costa Rica".

Depois de comentar que a Companhia de Jesus não entra "nas políticas dos governos", o sacerdote referiu que a escola de leis pode defender "a fecundação in vitro em alguns casos, mas essa não é a posição da Companhia de Jesus".

"Que uma instituição da Companhia seja favorável a certas coisas, não significa que essa seja a posição da Companhia, sobretudo porque muitas vezes intervêm os padres gerais para dizer ‘não’, esta não é nossa linha. O fato que o afirmem desde Loyola (Law School) não é um dogma de fé".

O sacerdote disse que neste caso o "que tem que intervir é o provincial dos Estados Unidos, da Província a que pertença Los Ángeles, e se depois o caso não se resolve, então, intervirá, em uma última análise, o Padre Geral (Adolfo Nicolás). Esta é nossa forma de atuar. O princípio de subsidiariedade é total e completo".

O porta-voz jesuíta explicou que "normalmente, se um padre ou uma instituição vão contra aqueles que são os princípios oficiais da doutrina da ética católica, então intervém o provincial do lugar para fazer uma reclamação".

"Até agora, não chegou a Roma nenhum relatório de que se tenha iniciado uma ação neste sentido e, portanto não há nenhuma posição oficial do Padre Geral", concluiu.