Em uma mensagem dirigida aos participantes no curso sobre o “foro interno”, promovido pela Penitenciaria Apostólica presidida pelo Cardeal Francis Stafford, o Papa João Paulo II destacou a necessidade de manter a prática de confissar-se antes de receber a comunhão.

“Vivimos em uma sociedade que parece ter perdido o sentido de Deus e do pecado”, escreve o Santo Padre desde o Policlínico Gemelli, e assinala que “se torna mais urgente, portanto, nesse contexto, o convite de Cristo à conversão, que supõe a consciente confissão dos próprios pecados e o apropiado pedido de perdão e de salvação”.

O Pontífice lembra que na tradição da Igreja, a reconciliação sacramental sempre foi considerada em estreita relação com a Eucaristia”. “Nesse ano, particularmente dedicado ao Mistério eucarístico, parece-me ainda mais útil atrair a vossa atenção sobre a vital relação entre esses dois sacramentos”, coloca.

João Paulo II aponta na sua mensagem que é “muito útil lembrar as exortações de Paulo aos fiéis de Corinto, os quais tomavam levianamente a celebração da ‘ceia eucarística’ sem atender ao sentido profundo do memorial da morte do Senhor e as suas exigências de comunhão fraterna”.

“Somente quem tem a sincera consciência de não ter cometido um pecado mortal pode receber o Corpo de Cristo”, enfatiza o Santo Padre na mensagem; e exorta aos sacerdotes a pregar com “clareza e simplicidade” a “reta doutrina sobre a necessidade do sacramento da Reconciliação para se aproximar à Comunhão”.

“Sejam para todos –insiste finalmente o Papa aos sacerdotes- ministros assíduos, disponíveis e competentes do sacramento da Reconciliação, verdadeiras imagens de Cristo, santo e misericordioso”.