Vaticano condena assassinato do embaixador dos EUA e pede paz para o Oriente Médio

O Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi, expressou a condenação do Vaticano ao assassinato do embaixador dos Estados Unidos na Líbia, Christopher Steven, e exortou a promover o diálogo para obter a paz no Oriente Médio.

Em uma declaração dada a conhecer hoje, o porta-voz do Vaticano assinalou que "o gravíssimo atentado organizado contra a representação diplomática americana na Líbia, com o assassinato do mesmo Embaixador e de outros funcionários, merece a mais dura condenação por parte da Santa Sé".

"De fato, nada pode justificar a atividade das organizações terroristas nem a violência homicida", acrescentou.

A declaração saiu logo depois que nesta quinta-feira grupos de extremistas muçulmanos atacassem as embaixadas dos Estados Unidos no Iêmen e no Egito, em protesto contra um filme considerado ofensivo contra o Islã chamado, "A inocência dos muçulmanos", que apresenta a Maomé como mulherengo, homossexual e abusador de crianças.

Nesta quinta-feira, centenas de iemenitas irromperam pela porta principal do complexo diplomático fortificado no leste de Saná, gritando ordens como "Nos sacrificamos por vos, mensageiro de Alá". Pela manhã, quebraram as janelas dos escritórios de segurança fora da embaixada americana e queimaram veículos.

No Egito, os extremistas atiraram pedras contra um grupo de policiais que rodeava a embaixada americana no centro de Cairo, logo depois de escalar os muros e jogar para baixo a bandeira do país. Anteriormente, a turba islâmica cometeu ataques contra o consulado americano e contra uma casa de refugio em Bengasi, situada no oriente da Líbia.

Em resposta, os Estados Unidos enviaram navios de guerra para Líbia.

A declaração do Padre Federico Lombardi conclui expressando que "junto à dor, à participação e à oração pelas vítimas, renova-se o auspício que, não obstante este novo trágico evento, a comunidade internacional persegue para encontrar as melhores vias para continuar em seu esforço para favorecer a paz na Líbia e em todo o Oriente Médio".

Ontem, aludindo à visita que o Papa Bento XVI realizará desde a próxima sexta-feira até domingo 16 de setembro, o porta-voz vaticano destacou que "a mensagem de diálogo e de respeito para todos os crentes das diversas religiões que o Santo Padre será portador em sua próxima viagem ao Líbano, indica o caminho que todos deveriam percorrer para construir juntos a convivência comum das religiões e dos povos na paz".