Cristãos e muçulmanos realizarão no dia 12 de setembro uma vigília para invocar a proteção de Deus e da Virgem Maria sobre o Papa Bento XVI na sua visita ao Líbano que começará no dia 14.

Conforme assinala a agência vaticana Fides, na quarta-feira dia 12, quatro procissões de jovens sairão desde quatro lugares de Beirut para confluir no assim chamado "Jardim de Maria", na área da Praça do Museu, com tochas e bandeiras do Líbano.

Ali, por volta das 8:00 p.m., começará propriamente o encontro, com um programa que prevê cantos, leituras islâmicas-cristãs e invocações para pedir a Deus e à Mãe de Jesus que todos acolham e vivam a viagem papal como uma bênção para o País dos cedros.

"O título da iniciativa é ‘Juntos na paz, no amor, na liberdade e na segurança’. Será uma festa nacional e popular, para mostrar a todo o mundo que o Líbano pode ser, também neste momento histórico, o País da convivência entre cristãos e muçulmanos", explica à Fides o Pe. Antoine Daou, Secretário da Comissão da Conferência Episcopal para o diálogo com o Islã.

Está prevista a participação no encontro de representantes e autoridades de todas as comunidades religiosas do País, junto com milhares de fiéis.

Entre os principais promotores da iniciativa estão também diferentes organizações de diálogo cristão-islâmico, a partir do grupo "Juntos ao redor de Maria", que há alguns anos dá vida a celebrações inter-religiosas na festa da Anunciação.

Desde 2010, tal solenidade foi proclamada festa nacional, como uma tentativa de encontrar na devoção a Maria –compartilhada também entre os muçulmanos– um ponto de convergência entre as diferentes comunidades religiosas.

A vigília de 12 de setembro, explica o Pe. Daou, não é uma atividade isolada: nestes dias são centenas, em todas as dioceses libanesas, as iniciativas de oração e de reflexão comuns, com as que os fiéis das diferentes comunidades cristãs se preparam para o encontro com o sucessor de Pedro.

O sacerdote assinala a respeito que "todos os libaneses e também todos os líderes políticos e religiosos –incluindo os chefes do Hezbollah, os drusos e os líderes políticos, sunitas– esperam a visita do Papa como uma graça para o Líbano que possa favorecer um momento de verdadeira unidade nacional, que vá mais além das divisões, e mostrar a todo mundo do Oriente Médio que o Líbano pode ser um modelo de convivência".