Sun Myung Moon, fundador e diretor da seita polêmica que acumulou uma enorme fortuna e que leva o nome de igreja da Unificação, faleceu nesta segunda-feira em um hospital perto de Seul (Coréia do Sul).

Conforme assinala Europa Press, Reverendo Moon, de 92 anos, sofreu complicações derivadas de uma pneumonia.

Ele levou uma vida pública ativa até pouco tempo atrás, presidindo um matrimônio massivo para 2500 pessoas em março e liderando um culto com mais de 15 mil seguidores em julho.

O Reverendo entregou a responsabilidade das operações da seita a um de seus filhos e a administração do Grupo Tongil, com interesses em construção, complexos turísticos, agências de viagem e um jornal, a outro deles.

Moon fez notícia em maio de 2001 quando presidiu o matrimônio do ex-arcebispo católico africano Emanuel Milingo, com uma sul-coreana chamada María Sung. O ex-prelado tomou essa decisão depois de realizar por vários anos controvertidas cerimônias de "cura" e "exorcismo".

O caso, no qual Milingo pediu desculpas e voltou temporalmente para a Igreja, fez que María Sung protestasse durante dias na Praça de São Pedro, alentada pelo porta-voz do grupo, Phillip Shanker, e pelo próprio Sun Myung Moon.

Seguindo as ordens destes dois, Sung fez uma greve de fome e aparecia em frente da Basílica Vaticana para "rezar" pela "liberação" do seu "marido" ao que conheceu três dias antes do matrimônio.

Para a doutrina Moon, que decidia quem devia casar-se na seita com um processo que deixava a opção ao azar, Jesus Cristo "fracassou" em seu ministério ao não ter casado e o matrimônio é o único caminho possível para a felicidade.

No ano 2006 Milingo criou nos Estados Unidos a associação "Sacerdotes Casados Já!" cujo objetivo é promover a eliminação do celibato sacerdotal na Igreja Católica.