A Conferência Episcopal da Costa Rica (CECR), criticou o programa de educação sexual proposto pelo Governo devido ao seu conteúdo hedonista e à promoção da ideologia de gênero entre os estudantes.

"O Programa proposto nos oferece uma declarada preferência por um enfoque descaradamente hedonista (a palavra prazer é possivelmente a mais repetida). Por outra parte a insistência na ideologia de gênero e na diversidade sexual como ‘construção cultural’ se torna tão repetitiva que dá a clara impressão de que se trata, neste ponto, mais de propaganda que de educação", advertiram em seu comunicado de 27 de agosto.

Nesse sentido, indicaram que este programa é contrário à ideia de uma educação sexual integral, dado que ignora a dimensão espiritual dos estudantes, a maioria dos quais declara ter fé e sete de cada dez afirma ser católico.

Do mesmo modo, os bispos consideraram insuficiente "a resolução aparentemente ‘salomónica’ de deixar que os pais de família optem por enviar ou não seus filhos a tais Programas. Se em si mesmo o Programa é parcial, moral e pedagogicamente prejudicial, o é para todos".

"A visão cristã da sexualidade não pode ser mais positiva; ela é um dom de Deus Criador, e a pessoa humana, fazendo uso correto dela, está chamada a parecer-se com Deus, assim que a sexualidade está destinada por Deus a ser sobre tudo ‘linguagem de amor’, e então também geradora de vida. Não da para separar o Amor da Vida. Toda pessoa está chamada à plenitude na doação de si mesma no amor", acrescentou a CECR.

Por isso, pediram repensar este programa integrando "atores que reflitam realmente nossa realidade sociocultural, e que possamos assim oferecer a nossos estudantes um Programa que assegure uma educação verdadeiramente integral e integradora".