O Papa Bento XVI recebeu no dia 26 pela manhã à comissão de cardeais que investigam o roubo e desaparecimento dos documentos reservados do Vaticano conhecidos como "vatileaks".

Conforme assinala um comunicado dado a conhecer ontem, o Santo Padre recebeu aos cardeais Julián Herranz, que preside a comissão, Josef Tomko e Salvatore Do Giorgi.

Os cardeais estavam acompanhados do Padre Luigi Martignani, O.F.M. Cap, secretário de dita comissão e do Juiz instrutor, Piero Antonio Bonnet, junto com o Promotor de justiça, Nicola Picardi, do Tribunal do Estado da Cidade do Vaticano.A respeito, assinala o comunicado, "o Santo Padre foi informado das conclusões às que chegou a comissão cardinalícia e do curso que segue o procedimento penal".

O Papa agradeceu pelas informações recebidas e convidou à Magistratura Vaticana "a prosseguir sua tarefa com esmero".No encontro também estiveram presentes o arcebispo Angelo Becciu, Substituto para os Assuntos Gerais da Secretaria de Estado, Dom Georg Gänswein, secretário particular do Santo Padre; Domenico Giani, comandante da Delegacia Vaticana e Greg Burke, consultor para a Comunicação da Secretaria de Estado.

A Rádio Vaticano assinala que o Padre Piero Antonio Bonnet e Nicola Ricardi continuam trabalhando na elaboração do caso e na sentença, que "poderia ser de absolvição ou de reenvio a julgamento" do antigo mordomo do Papa, Paolo Gabriele, que é o único acusado até o momento do roubo e do desaparecimento dos documentos.Comentando o comunicado, o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Padre Federico Lombardi, disse que as conclusões do trabalho dos juízes poderiam fazer-se públicas depois do primeiro domingo de agosto.