Na última terça-feira, dois representantes republicanos do estado da Flórida, Dave Weldon e Mel Martínez, apresentaram um projeto de lei que busca salvar a vida de Terri Schindler-Schiavo.

Segundo o gabinete de Weldon, a “Lei para o Proteção de Pessoas Deficientas”, propõe “que, explicitamente, sejam esclarecidos os direitos fundamentais e o processo a seguir com incapacitados que se encontram sob uma ordem judicial que os deixa sem nutrição e hidratação e que não têm diretivas médicas escritas em curso”.

Lori Kehoe, pessoa de enlace no Congresso –autorizada pelo mesmo para assistir a ele, sempre e quando trabalhar para uma ONG sem fins lucrativos, encarregada de velar pelas leis da área em que sua  ONG trabalha– para o National Right to Life (Direito Nacional à Vida) comentou com  a ACI Imprensa que a apresentação do projeto de lei é muito alentador.

“Basicamente –explica– os representantes se dividem em dois grupos. Aqueles que apóiam a lei e aqueles que não se decidem ainda por apoiá-la ou não e conhecem muito pouco sobre os fatos”. Comentou que foi muito importante para os representantes ter se entrevistado com os pais de Terri e ter tido a possibilidade de “olhar em seus olhos e ver que se trata de uma pessoa humana, não de um caso de prova”.

Kehoe anotou que uma das primeiras reações contra proveio da republicana Nancy Johnson quando declarou que olhou à direita de Terri e  disse (ao irmão) ‘essa não é vida ... Quanto tempo esteve em ‘coma’ e quanto nos custa mantê-la?” “Realmente horrível”, comentou Kehoe.

Bob Schindler, irmão de Terri, também conversou com a ACI Imprensa e declarou que “os meios seculares informaram mal sobre sua condição... realmente a desumanizaram”. Respondendo ao que disse a representante Johnson, Schindler assinalou que “ela já tem uma idéia da situação embora não a conhece bem e agora não quer  me escutar”.

Apesar dos comentários de Johnson, Kehoe tem grandes esperanças quanto à nova lei. Segundo ela, alguns senadores normalmente “difíceis” mostraram reações positivas a respeito.

“Agora vem o difícil, o tempo limite. Será complicado obtê-lo mas é possível. Estamos rezando para que isto avance rapidamente”, concluiu. Se aprovada, a lei lhe daria à família de Terri acesso a corte federal para salvar a vida de sua filha.