O Presidente da Conferência Episcopal das Filipinas, Dom José Palma, exigiu às autoridades resolver o assassinato do jornalista católico Néstor Libaton, de 40 anos, morto no dia 8 de maio por três homens armados.

Conforme informou nesta quinta-feira a agência Fides, Libaton é o terceiro jornalista assassinado nas Filipinas nos últimos 15 dias. Nas suas últimas transmissões ele defendeu a "cultura da vida" no país.

O jornalista trabalhava na "DXHM Radio" uma emissora católica na cidade de Mati, perto do Davao, na ilha do Mindanao.

Por sua parte, o Pe. Francis Lucas, Secretário Executivo da Comissão para as Comunicações Sociais do Episcopado, disse a Fides que existe uma comoção pelo assassinato de Libaton.

"Assassinaram uma pessoa honesta, um homem inocente, casado e pai de 4 filhos. Condenamos a violência e exigimos justiça. A 'DXHM Radio' do Mati, também chamada 'Rádio da Verdade', forma parte do circuito das rádios patrocinadas pela Igreja", acrescentou.

O sacerdote explicou que se trata de "uma emissora ao serviço da população, muito atenta à cultura da vida e às questões referidas ao desenvolvimento do Mindanao. Nas últimas semanas Libaton tinha falado muito destes valores".

Também denunciou que outra estação de rádio católica ao norte de Manila "foi destruída por uns vândalos. Estes gestos têm a intenção de intimidar e silenciar as vozes que defendem valores como a verdade, a justiça, os direitos humanos. Mas a Igreja nas Filipinas continuará anunciando o Evangelho e não será reduzida ao silêncio".