Nem mesmo o horário assustou os jovens de Palmas, Tocantins, no dia da chegada dos símbolos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ). Os jovens acolheram com músicas e fogos de artifícios a cruz peregrina o ícone de Nossa Senhora que foram levados até a capital em cima de um trio elétrico desde a cidade de Miracema do Tocantins. Em procissão os jovens carregaram os símbolos por cerca de dois quilometros até a Fazenda da Esperança, casa de recuperação de dependentes químicos que fica na capital tocantinense.

O jovem da tribo xerente Giovane Simnâuwê foi um dos que acompanhou a cruz durante o trajeto. Apesar de pertencer a uma tribo que, segundo o Pe. Martins da pastoral da reserva, não tem muito conhecimento e experiência da fé, Simnâuwê fez questão de acolher os símbolos da JMJ. “Vim ver o evento e a chegada da cruz”, disse.

Segundo informou o site da CNBB "Jovens Conectados", a acolhida dos símbolos na Fazenda da Esperança foi celebrada com a santa missa presidida pelo arcebispo de Palmas, Dom Pedro Brito. Ele lembrou com emoção do primeiro encontro que teve com a cruz peregrina. “Quando era seminarista em Roma, vi a cruz ser entregue aos jovens pelo papa João Paulo II e, agora, ela veio encontrar a juventude de Palmas”, disse.

Segundo Maria Isabel, dos jovens escoteiros, a chegada dos símbolos na arquidiocese proporcionou a união de diversos movimentos da igreja local. Ela acredita que o fruto disso será o crescimento da fé da juventude de Palmas. “Estamos unindo os grupos que não se conheciam e um dos exemplos foi a organização do Bote Fé”, contou.

Durante a peregrinação pela capital do Tocantins a Cruz da JMJ e o Ícone de Nossa Senhora passaram também pelos presídios feminino e masculino e pela casa de detenção de menores infratores. O arcebispo convidou os detentos a tocarem nos símbolos com fé. “Não somos juízes agora, somos Igreja e queremos estar juntos de vocês”, disse no presídio masculino.

Nesta segunda, dia 7 de maio, será a vez da capital do Brasil, Brasilia, receber os símbolos da JMJ.