O Presidente da Conferência de Bispos Católicos dos Estados Unidos (USCCB), Cardeal Timothy Dolan, assinalou que a Igreja deve seguir vigiando e fazer todo o possível para erradicar os abusos sexuais por parte de membros do clero.

O Cardeal fez este chamado durante a apresentação do Relatório Anual 2011 sobre a atuação e desenvolvimento da "Carta para a proteção das crianças e dos jovens", redigida pela USCCB em 2002 e que a base para a "tolerância zero" aos abusos a menores.

"Embora a maioria dos abusos se refira a casos passados, a Igreja deve seguir vigiando. É preciso continuar fazendo todo o possível para que os abusos não se repitam. Todos devemos trabalhar para alcançar uma cura completa e a reconciliação com as vítimas", expressou o Cardeal Dolan.

Conforme informou o diário vaticano "L'Osservatore Romano", o relatório mostra o constante esforço dos bispos norte-americanos por assegurar a proteção de crianças e jovens.

A relação anual recolhe 683 novas denúncias de abusos realizadas por pessoas adultas, e referidas a fatos ocorridos em sua maioria entre 1960 e 1984. O documento indica que foram oferecidos programas de assistência a estas pessoas, das quais 453 aceitaram.

Este também informa que 21 denúncias -três por cento do total- provêm de menores e indica também que algumas foram julgadas atendíveis pelas autoridades civis, três foram demonstradas como falsas e o resto ainda está investigado.

Em relação aos acusados, assinala o relatório, 253 membros do clero já faleceram, 58 foram restituídos ao estado laical (ou seja, tiveram que deixar o sacerdócio) e 281 foram removidos dos cargos pastorais a eles confiados.

Em uma intervenção anterior, o Presidente da USCCB assegurou que todo sacerdote que for considerado culpado por "tais delitos intoleráveis" será retirado do ministério sacerdotal de modo permanente.