Em um segmento do programa "Amor, amor, amor" (exibido pelo Canal 2 no Peru), neste 13 de abril se apresentaram Miguel Gutiérrez, médico e representante da empresa trasnacional abortista Pathfinder, junto a David Limo, que se apresenta como sacerdote episcopaliano. Ambos defenderam o aborto "terapêutico" no Peru.

David Limo, que se diz  sacerdote anglicano, foi expulso da Igreja Episcopal Anglicana do Peru em 2008.

Em diálogo com o grupo ACI, representantes desta denominação cristã da Catedral do Bom Pastor em Lima, confirmaram sua expulsão por parte do bispo anglicano William Godfrey, mas evitaram explicar as causas, qualificando-as como "reservadas".

Durante o programa televisivo, o falso sacerdote anglicano, vestido com terno e camisa clerical, tentou relativizar o sexto mandamento da Lei de Deus. "Que significa não matarás?, se for assim voc6e não deveria comer frango", assinalou.

Limo afirmou que "ao ler o que Jesus diz e fez, Ele não fala nada sobre o aborto".

O pastor evangélico Fabio Ubierna, que esteve no programa como defensor da vida, criticou duramente o falso anglicano.

"Acredito que nenhuma pessoa que se diga cristã pode estar a favor do aborto. Mesmo que uma pessoa traga ao pescoço um colar clerical; o hábito não faz o monge", indicou.

Ubierna também questionou o médico abortista Miguel Gutiérrez, dizendo-lhe que se o embrião humano tiver "23 pares de cromossomos completamente independentes aos da mãe, tem um patrimônio genético único e uma vida completamente separada; com que direito eu tomo uma vida que não me pertence e digo ela só chega até aqui?".

"Introduzir um aspirador pelo conduto vaginal e retirar um bebê, ou colocar uma faca, cortá-lo e removê-lo (curetagem), ou colocar solução salina na placenta para que o bebê morra queimado; isso é assassinato", asseverou.

O doutor Gutiérrez, que participou representando o Colégio Médico do Peru e que em princípio tentou evitar falar sobre os métodos abortivos, disse que "nenhuma cirurgia é bonita". Logo afirmou que para um aborto podem chegar a utilizar até um lápis.

O médico qualificou como "os mais claros pensadores” aqueles que permitiram a despenalização do aborto terapêutico no Peru, em 1924.

Outra das convidadas ao programa, Felicia Guevara López, revelou que ficou grávida após ser violentada por seu próprio esposo. Guevara López pensou em abortar, mas graças à ajuda de religiosas católicas, que lhe brindaram apoio moral e espiritual, decidiu ter o seu filho e dá-lo em adoção.

Entretanto, ao o tê-lo em seus braços, recorda Felicia Guevara, decidiu ficar com ele. Seu filho tem agora seis meses e ela está estudando para tirá-lo adiante.

"Com meu filho agora estou feliz, e a todas as pessoas que estão grávidas direi que se não querem tê-lo que prefiram dá-lo em adoção a abortá-lo", afirmou.