O Bispo de Oberá (Argentina), Dom Santiago Bitar, assegurou que o aborto legalizado em distintos países provoca mais de 50 milhões de vítimas ao ano, o que "supera as mortes de todas as guerras do século XX, inclusive as duas guerras mundiais".

Em uma carta aos fiéis da sua diocese, Dom Bitar também esclareceu que na sua homilia de Sexta-Feira Santa, nunca disse que "os que estão a favor do aborto são genocidas e tem que ser postos para fora da pátria", frase que atribuiu aos meios jornalísticos do país que tergiversaram suas palavras.

O Prelado explicou que essa frase foi usada "unindo erroneamente palavras da introdução a uma oração e as da entrevista".

O Bispo de Oberá recordou que na sua homilia de Sexta-Feira Santa criticou a "contradição que um Estado democrático não defenda os ‘direitos humanos’ dos menores e indefesos, autorize, e inclusive possa chegar a obrigar a médicos a destruir vidas inocentes"

"Não estamos ante as portas de um "silencioso", mas sangrento genocídio?" questionou nessa ocasião.

Dom Bitar também criticou "o silêncio de muitos profissionais da saúde, que conhecem bem que o embrião é uma vida humana distinta e não um pedaço da mulher, ou um órgão a mais do qual se pode prescindir".

"Chama a atenção o silêncio de organismos de Direitos Humanos e grupos ecologistas. Dá a impressão que os "direitos" são somente para alguns e não para todos".

O Prelado também repreendeu aqueles que "só defendem animais e plantas, mas se calam a respeito das crianças não nascidas.

Para o Bispo, também "chama a atenção o silêncio de muitas autoridades políticas, de muitos meios de comunicação, de instituições sociais e inclusive de representantes de outras crenças religiosas".

"Como argentinos ao longo da história, pagamos caro pelo silêncio. Nesta encruzilhada, se nós não falarmos quem falará? Quem será a voz das criaturas que não têm voz?", concluiu.