Esta sexta-feira estréia nos Estados Unidos o filme "October Baby", uma produção baseada na história real de Gianna Jessen, uma ativista pró-vida que fez sua a causa dos não nascidos após descobrir que ela mesma sobreviveu a um aborto.

"October Baby" narra o drama de uma jovem que aos 19 anos de idade descobre que foi adotada após sobreviver a um aborto fracassado e empreende um duro caminho para perdoar sua mãe biológica.

No filme, a protagonista Hanna, interpretada pela atriz Racher Hendrix, uma jovem universitária que sofre de epilepsia, asma e depressão. Depois de realizar-se análise médicas para descobrir a origem de seus males, descobre que foi adotada depois da fracassada tentativa de abortá-la.

Depois do desconcerto e da confusão, com a ajuda de um sacerdote católico, Hanna consegue encontrar o caminho para perdoar a sua mãe biológica.

Na vida real, a mãe da Gianna Jessen tinha sete meses e meio de gravidez quando decidiu submeter-se a um aborto por injeção salina, um agressivo procedimento que causa a morte do bebê por envenenamento e queimaduras. Gianna sobreviveu ao procedimento e foi auxiliada por uma enfermeira. Sua mãe a entregou em adoção.

"Eu sou a pessoa que ela abortou. Vivi em vez de morrer. Minha mãe estava na clínica e programaram o aborto às 9 da manhã. Felizmente para mim, o abortista não estava na clínica ao eu nasci às 6 da manhã de 6 de abril de 1977. Apressei-me. Estou segura que se ele estivesse ali, eu não estaria aqui hoje, já que seu trabalho era terminar a vida, não sustentá-la. Há quem diga que foi um ‘aborto fracassado’, o resultado de um trabalho mau feito", afirmou Gianna ante o Congresso dos Estados Unidos quando tinha 19 anos de idade.

A hoje ativista pró-vida disse que os sobreviventes do aborto "são mais do que se poderia imaginar. Regularmente me contatam por sobreviventes que me escutaram ou me viram em um programa ou quando falo, e eles descobrem que não estão sozinhos".

"Só nas duas últimas semanas fui contatada por dois sobreviventes mais. Suspeito que ‘October Baby’ poderia ter um efeito para que outros sobreviventes apareçam, o que seria emocionante".

Os produtores de "October Baby" decidiram destinar o 10% das lucros do filme para a fundação Cada Vida é bela (Every Life is Beautiful), que distribuirá à sua vez o dinheiro entre organizações que ajudam a mulheres que enfrentam crises de gravidezes, agências de adoção que apóiam a vida e orfanatos.

O apoio à causa a favor da vida nos Estados Unidos aumentou grandemente. Em 1996, apenas o 33% da população se identificava como pro-vida, cifra que cresceu para 47% no ano 2011.