O Arcebispo de Rosário (Argentina), Dom José Luis Mollaghan, condenou a despenalização do aborto por estupro, por parte da Suprema Corte de Justiça da Nação e recordou que o verdadeiro culpado deste delito é o estuprador e não a criança por nascer.

"O estuprador é o culpado, e não a criança por nascer. E nos faria muito bem a toda a sociedade reconhecer a decisão de dar uma sanção ao único agressor do estupro e não ao inocente que vai nascer, que no aborto sofre as conseqüências do delito, sem ter culpa alguma", expressou o Prelado durante a primeira reunião do ano do Conselho Presbiteral arquidiocesano.

Dom Mollaghan disse que não se pode ver "como um triunfo" a despenalização do aborto e que "basta uma declaração jurada em qualquer momento da gravidez para que uma criança por nascer seja
drasticamente condenada" porque se afirma que foi conseqüência de um estupro.

Não se sabe de quem é o triunfo, indicou, "porque na realidade não o é para a mãe que perde um filho; nem tampouco o é para o filho, ou seja, a criança por nascer, com quem se comete a mais grave das injustiças, retirar-lhe a vida. Neste caso, o aborto faz duas vítimas, a criança por nascer e também a mãe".

O Arcebispo de Rosário afirmou que não são só os argumentos religiosos os que respaldam o direito à vida do não nascido, mas também a ciência, que "corrobora a vida humana nascente no seio materno".