O Presidente do Pontifício Conselho para a Pastoral da Saúde, o Arcebispo polonês Zygmunt Zimowski, fez um chamado a respeitar a vida humana em todas as suas fases, e a considerou um valor não negociável, especialmente no caso de uma enfermidade incurável que faz mais visível a fragilidade das pessoas.

Assim o indicou o Prelado em suas palavras de saudação aos participantes do congresso "Estar nas últimas fases da vida" que foi realizado este 8 de março no auditório da faculdade de medicina e cirurgia da Universidade Católica Sacro Cuore de Roma.

Em sua saudação, o Arcebispo disse que "estar perto das últimas fases da vida significa testemunhar o amor, respeitar a vida destacando seu significado de valor não negociável, desde seu início até seu fim natural, aceitar e amar a vulnerabilidade testemunhando a proximidade, a empatia e a piedade".

Para o Arcebispo, "a fragilidade humana ‘bem entendida’ é um convite ao homem a abrir-se a horizontes mais altos, à superação de si mesmo", como explica em sua carta apostólica Salvifici Doloris (sobre o sofrimento) o Beato Papa João Paulo II.

Dom Zimowski disse ademais que a fragilidade "não diminui mas exalta a formosura singular da vida humana, e ao mesmo tempo, faz ainda mais forte e urgente a exigência de atendê-la em toda circunstância e contexto, em particular diante das enfermidades graves e incuráveis".

Por isso aqueles que se encarregam da saúde das pessoas, disse o Prelado, devem servir os enfermos tendo estes conceitos claros e considerando as palavras do Papa Bento XVI na encíclica Spe Salvi sobre a esperança: "a medida da humanidade se determina essencialmente na relação com o sofrimento e com o doente que sofre".

"Que sejam para vocês –concluiu– e para seus queridos doentes, sinal de consolo e esperança também nos difíceis momentos das últimas fases da vida".