ROMA, 14 de fev de 2012 às 09:39
O bispo de El Obeid (Sudão), Monsenhor Macram Max Gassis, denunciou a grave crise que atravessam os povoados de sua diocese, estendendo-se entre o Sudão e o Sul do Sudão, pelos constantes bombardeios devido ao conflito religioso entre os dois estados.
Em seu território se encontram também os montes Nuba, pertencentes ao Estado Kordofan do Sul do Sudão que vive ao centro de combates entre o exército de eo Exército de Khartoum e o Exército de Libertação do povo do norte do Sudão (SPLA).
Este movimento está ligado ao SPLA, que lutou pela independência do Sul do Sudão e agora está no poder no novo Estado , independente desde julho de 2011.
Segundo relata a agência Fides do Vaticano, o arcebispo disse que "nenhum sacerdote religioso ou médico abandonaram seus postos," estão lá para mostrar que, como disse Jesus, "não há maior amor do que dar a vida pelos outros".
"Não é fácil permanecer sob o bombardeio e ver corpos mutilados de civis, especialmente crianças", disse ele.
As tensões entre o Sudão e o Sul do Sudão está crescendo a cada dia e por isso teme um conflito aberto entre os dois estados.
Com isso, o bispo ressaltou que "o Sul do Sudão não quer a guerra, o problema é o presidente Omar Bashir, que espera uma nova guerra. Depois de perder o sul, tentando manter o controle sobre as áreas do Sudão que querem a liberdade de governo central. "
Finalmente Mons. Gassis enfatizou o sofrimento da população civil em ambos os estados, e expressou sua preocupação para com a Igreja, que "também teve as suas vítimas, como o representante da Cáritas diocesana assassinado em Kadugli, capital do sul de Kordofan, há 5 meses atrás , um leigo que foi baleado por tropas sudanesas".