A Plataforma espanhola Profissionais pela Ética apresentou esta semana quatro razões pelas quais solicita a revogação do polêmico programa Educação para a Cidadania (EpC), promovido pelo governo socialista do PSOE do ex-presidente de governo José Luis Zapatero.

A primeira razão versa sobre a existência de mais de 54 000 objeções de consciência e a abertura de quase 3 000 processos judiciais contra a imposição deste material que entre outras coisas promove a promiscuidade e o homossexualismo entre as crianças de idade escolar.

Além disso, está o processo pendente de cerca de 400 pais no Tribunal Europeu dos Direitos Humanos em Estrasburgo e uma série recursos de amparo ao Tribunal Constitucional espanhol também contra o polémico programa.

A segunda razão se refere à EpC como um projeto que pretende impor um "estado" moral baseado na ideologia de gênero, na desconstrução dos valores e na transmissão de uma ética relativista.

A terceira fala do compromisso do partido do governo, o Partido Popular, que em sua campanha leitoral sugeria para mudar a controvertida matéria sugerindo outra cujo conteúdo é baseado em valores constitucionais e do conhecimento das instituições espanholas e européias.A relação passada indica que, em uma sociedade democrática e pluralista como a espanhola, corresponde ao Estado ser neutro.

"Os princípios éticos exigidos apenas dos cidadãos por parte do governo são aqueles representados pela Constituição como lei suprema, que estabelece as bases essenciais de convivência em uma comunidade política", disse a plataforma PPE.

Neste sentido, o presidente de Profissionais pela Ética, Jaime Urcelay, disse que o novo governo tem um "grande desafio" para trazer de volta a responsabilidade da educação para a sociedade.