O reitor do Santuário de Nossa Senhora da Divina Misericórdia de Allada no Benin, Padre Michele Maria Iorio, expressou que a próxima visita do Papa Bento XVI ao país entre os dias 18 e 20 de novembro ajudará a um desenvolvimento do país com suas mensagens sobre justiça e progresso.

Em uma entrevista concedida à Rádio Vaticano no Benin, o Padre Iorio explicou que o país está muito necessitado e requer uma maior consciência de justiça para desenvolver-se. O Papa "pode ajudar especialmente a esta vertente do desenvolvimento justo, na conjugação entre fé e razão, melhor que sob a influência de outros trabalhadores em nível mundial", afirmou.

Ele assinalou que a educação, os hospitais e os remédios escasseiam no país, e quem realmente atua para combater esta realidade, é a Igreja Católica.

"Benin é um país muito pobre; como muitos países da África, é um país que também está se desenvolvendo lentamente no que se refere às ruas, as escolas, aos hospitais e à internet", explicou.

Por isso, "esperamos que realmente esta visita do Papa possa ser como um sinal de alarme, um estímulo forte também para o estado e seus governadores, para que se ponham concretamente ao serviço do povo favorecendo-o em suas necessidades primárias".

A Igreja no Benin se divide em dez dioceses das quais, quase todas têm seu próprio santuário Mariano. O mais importante é o de Nossa Senhora da Divina Misericórdia, por quem os habitantes do país guardam uma especial devoção.

No país "privilegia-se muito a presença da Virgem Maria para chegar à plenitude da verdade, quer dizer, Jesus Cristo, o Filho de Deus encarnado", expressou.

"Confiamos e acompanhamos cada coisa com a oração porque como bem sabemos, a oração é como a água que faz germinar cada semente. O Papa deve semear, depois será necessário regar com a oração", concluiu o prelado.

A segunda visita do Papa ao continente africano se enquadra no contexto da assinatura e publicação da exortação apostólica pós-sinodal da segunda assembléia especial para a África do Sínodo dos Bispos, titulada "Africae munus", o "Compromisso da África".