O diretor do Escritório de Imprensa da Santa Sé, Padre Federico Lombardi, reiterou que Deus não pode ser invocado por qualquer classe de terrorista, pois matar vai contra a verdadeira natureza da religião.

Ao analisar a Jornada de reflexão, diálogo e oração pela paz e a justiça celebrada pelo Papa Bento XVI e o resto de líderes religiosos do mundo em Assis, o Padre Lombardi explicou desde seu editorial do informativo semanal "Octava Dies" do Centro Televisivo Vaticano, que a atmosfera vivida no encontro foi a verdadeira mensagem de paz enviada três vezes desde aquelas terras italianas pelo Beato João Paulo II junto ao resto de líderes religiosos de todo o mundo.

O Padre Lombardi explicou que "Deus não é uma propriedade que pertence a quem se adere às religiões, cujas práticas às vezes ocultam o verdadeiro Deus. Aquele verdadeiro Deus que não pode ser invocado por terroristas, e não pode ser excluído do horizonte do homem sem que se desumanize".

Assegurou que durante o encontro, os numerosos peregrinos evocaram "realmente o carisma de Francisco – de Assis-, que vê e sente com simplicidade a presença de Deus em todas as criaturas, continua a atrair para Assis todas as pessoas de mente e coração aberto, e ajuda a abraçar as diversas identidades em um caminho comum de diálogo, de fraternidade, e de alegria".

Finalmente, recordou que o caminho que o mundo deve seguir começa em Assis, um caminho sempre dirigido para a paz, evitando sempre qualquer via que possa levar à destruição.

"Não se pode nunca assassinar ou odiar em nome de Deus, porque seu verdadeiro nome é sua comum paternidade por todos os homens: O amor", concluiu.