O Bispo de Quilmes, Dom. Luis T. Stöckler, expressou sua “indignação pela incoerência do Governo” no tema da vida e afirmou que se o Ministro de Saúde “não representar a opinião do Governo” deve deixar o cargo, “ou que o Presidente o requeira”.

Através de uma declaração pública, o Prelado indicou que dita indignação se motiva nas expressões do titular de Saúde, Ginés González, e a reação do Ministro de Exteriores, Rafael Bielsa, com respeito à carta que o Bispo Militar, Dom. Baseotto, dirigiu ao primeiro estes de denunciando suas declarações pro-aborto.

No texto, Dom. Stöckler recordou que segundo números oficiais, a campanha de saúde reprodutiva “promovida pelo Banco Mundial e aplicada do Governo”, teve o efeito contrário ao esperado, produzindo-se mais gravidezes adolescentes, o “aumento exponencial de abortos” e o aumento da mortalidade materna.

Por isso, indicou que quem reclama a legalização desta prática, “com o argumento da suposta alta taxa de abortos que se cometem”, só procuram sua legalização e “autorizar os médicos a matar”.

Acrescentou que distribuir preservativos de maneira gratuita e às custas dos pais de família, “promove a promiscuidade sexual e destrói a verdadeira educação para o amor e para a vida matrimonial”.

“Como pastores sabemos das conseqüências desastrosas na alma das mães que chegaram a equivocar-se e permitido o aborto”, afirmou o Bispo, e indicou que “nossa fé nos ensina que os seres humanos não desaparecem, embora possam lhes tirar a vida”.

Dom. Stöckler assinalou que a reconciliação com os bebês abortados “é uma necessidade imperiosa para poder viver em paz”, e advertiu que os governantes que propiciam estes assassinatos “são responsáveis por estas situações dolorosas”.

Finalmente, depois de recordar que a Constituição argentina garante a vida do não nascido, assinalou que se Ginés González não representar a opinião do Governo, “seria congruente que ponha seu cargo a disposição, ou que o Presidente o requeira”.