Em uma emotiva cerimônia a Relíquia contendo o sangue do Beato João Paulo II foi translada hoje à Capela do Hospital Pediátrico Menino Jesus (Bambino Gesù) de Roma com a presença do Secretário de estado Vaticano, Cardeal Tarcisio Bertone.

O sangue do Beato Wojtyla foi colhido pelos médicos nos últimos dias de vida do Pontífice prevendo uma possível transfusão, a amostra foi conservada em uma pequena ampola hoje dentro de um relicário que estará no altar da capela do hospital, que recebe pequenos pacientes, seus familiares e os trabalhadores da área de saúde.

Durante a cerimônia, o Cardeal Bertone assinalou que a memória do Papa Wojtyla "está no coração de todos, católicos e não católicos", "está viva e acompanha os sofrimentos e as esperanças de muitas crianças que sofrem assim como de seus familiares, deve nos acompanhar em nossa vida", e deve servir de "apoio ao sofrimento das crianças e de suas famílias".

Ao dirigir-se aos jovens pacientes e seus familiares na capela do hospital, o Cardeal assinalou que "a ternura de Wojtyla para com os doentes, é um sinal da misericórdia de Deus".

Finalmente, o Secretário de estado encomendou à intercessão do Beato João Paulo II a cura de uma bebê de 18 meses de vida que há poucos dias sofreu um transplante de fígado.

O sangue do Papa João Paulo II que foi retirado permanece atualmente conservado em quatro pequenas ampolas, duas das quais ficaram à disposição do secretário particular de João Paulo II, o agora Cardeal Stanislaw Dziwisz, enquanto que as outras duas permaneceram "devotamente" custodiadas no Hospital Menino Jesus.

O sangue das ampolas se encontra em estado líquido, uma circunstância que se explica pela presença de uma substância anticoagulante que estava presente nos tubos antes de realizar as análises médicas.

Atualmente, uma das relíquias se encontra de peregrinação no México.