Uma menina cristã na província de Punjab (Paquistão), seqüestrada durante oito meses por dois extremistas islâmicos, foi estuprada por um deles, obrigada a casar-se com ele e a converter-se ao Islã.

Conforme informa a agência vaticana Fides, Ana (nome fictício da menina) foi seqüestrada por dois homens muçulmanos em dezembro de 2010. Logo depois de ter sido golpeada e estuprada por vários dias, foi obrigada a assinar sua conversão ao Islã e a casar-se com Muhammad Irfan, um dos criminosos.

Na comunidade cristã do Paquistão existe um grande ressentimento por um novo caso de violência "sem ser castigado", apesar de que os pais da menina apresentassem a denúncia contra os seqüestradores.

Além disso, informam que "os seqüestradores e estupradores de Ana estão livres porque pertencem ao grupo radical islâmico Lashkar-e-Tayyaba (bandidos para o terrorismo)".

Em setembro, oito meses depois de seu desaparecimento, Ana conseguiu escapar, contou o ocorrido à polícia, mas Muhammad Irfan apresentou o certificado de matrimônio, que faz que o delito de estupro caduque.

No entanto, a polícia pediu aos pais da menina devolvê-la ao "seu marido legal" (o estuprador), "porque poderiam abrir um processo penal" contra eles.

Atualmente, Ana e seus pais permanecem escondidos porque militantes do Lashkar-e-Tayyaba estão buscando-os.

"O matrimônio com menos de 16 anos é ilegal, isto demonstra que o governo, a magistratura e a polícia de Punjab estão encobrindo as maldades dos grupos radicais islâmicos e são cúmplices", indica uma fonte de Fides.

Segundo informações da Comissão de Direitos humanos do Paquistão, a cada ano no país perto de mil meninas cristãs e hindus sofrem estes abusos, casos que as autoridades costumam não investigar.