ROMA, 27 de set de 2011 às 12:53

O Arcebispo de Semarang (Indonésia), Dom Johannes Pujasumarta, deplorou o atentado terrorista ocorrido no domingo 25 de setembro contra uma Igreja cristã protestante na cidade de Solo (Indonésia) depois do qual morreram 22 pessoas.

O atentado ocorreu quando um terrorista suicida explodiu uma bomba enquanto as pessoas saíam de uma cerimônia religiosa no domingo 25 na Igreja Bethel Bible na cidade de Surakarta, conhecida como Solo.

Surakarta ou Solo é conhecida por ser a cidade do líder radical Abu Bakar Bashir, que em junho deste ano foi condenado a 15 anos de prisão por financiar a grupos terroristas.

O Arcebispo Pujasumarta manifestou sua solidariedade com as vítimas do ataque suicida e condenou o terrorismo dizendo que este "é o desprezo da vida humana". Deste modo animou os fiéis a "permanecer firmes na fé".

No dia da explosão Dom Pujasumarta se encontrava por razões pastorais na localidade de Solo, onde ocorreram os fatos. Depois da notícia o bispo se deslocou ao lugar do atentado.

Conforme informou a agência vaticana Fides, em uma reunião de emergência os bispos da Indonésia assinaram uma declaração expressando sua preocupação pelo atentado e fizeram um chamado aos fiéis para que não respondam às provocações nem à violência, já que "a linguagem da violência não resolve problema algum".

A declaração foi assinada pela Comunhão de Igrejas da Indonésia, a Conferência Episcopal da Indonésia e o Movimento da Juventude Islâmica Anshor.

Do mesmo modo, os bispos pediram à polícia que atue com profissionalismo, reiterando o apoio à ideologia da "Pancasila", os "cinco princípios" que são a base da pluralidade da nação Indonésia.

O Padre Benny Susetyo, secretário da Comissão para o Diálogo Interreligioso da Conferência Episcopal, informou sobre a criação de um serviço de oração interreligioso pela paz em Solo e assinalou que "as religiões devem ser uma fonte de inspiração espiritual para fortalecer a unidade nacional".

Solo é uma cidade com forte presença de comunidades cristãs, com diferentes denominações protestantes e cinco Igrejas católicas, assinalaram fontes locais à agência Fides.