Um artigo difundido pelo site do Centro Bioética, Pessoa e Família, na Argentina no dia 12 de setembro, alertou que o aborto é uma prática contrária não só à vida, mas também à natureza humana e às mulheres.

O artigo titulado "O aborto legal e a falsa liberdade da mulher", escrito pela especialista María Martínez Gouguet, afirma que "enquanto a lei que proíbe o aborto se apresenta como um limite objetivo que também defende a mãe, a existência de uma suposta ‘liberdade’ para abortar deixa mais vulnerável a mulher ante as pressões que possa sofrer".

Nesse sentido, o que se apresenta como um novo "direito" para a mulher, "pode converter-se em um instrumento de pressão utilizado por aqueles que vejam a criança como uma ameaça para seus interesses", destaca a autora.

"Se for despenalizado o aborto, o resultado obtido seria um contexto social no qual a mulher, além de passar pela gravidez como passo prévio a ter um filho, terá que saltar um novo obstáculo: a existência da possibilidade de abortar", afirma.

A nota de Martínez reitera que se for despenalizado o aborto, o resultado seria um contexto em que a mulher estaria condicionada por fatores externos que a induziriam a tomar a decisão de abortar.

Com a lei e com as pressões de alguns setores, explica, a vontade das mulheres "pode ver-se condicionada por fatores externos que imporão uma decisão contrária à vida. Contrária à vida de seu filho, contrária à natureza e contrária a ela mesma".

"Por isso, corresponderia ao legislador perguntar se é um direito sobre o qual se está debatendo ou uma ferramenta de injustiça que vai ser aplicada não só contra a criança mas também contra sua mãe", conclui.

O Centro de Bioética, Pessoa e Família, conforme assinala sua página Web, tem como missão a investigação e difusão das problemáticas das novas biotecnologias aplicadas à pessoa humana; além de incorrer em debates públicos sobre o valor e a dignidade da vida humana, a proteção do matrimônio entre homem e mulher e a família.