O Presidente Néstor Kirchner pediu a renúncia do Bispo Militar, Dom. Antonio Baseotto, por ter enfrentado com uma enérgica carta o Ministro de Saúde, Ginés González, quem defendeu publicamente o aborto.

Conforme informou o chanceler Rafael Bielsa, Kirchner pediu ao Núncio Apostólico no país, Dom. Adriano Bernardini, "que a renúncia se concretize e haja um bispo militar diferente".

Há uma semana, Dom. Baseotto, denunciou as declarações a favor do aborto de Ginés e recorda a González que como médico “sabe perfeitamente que a criança em gestação tem DNA próprio, nem do pai, nem da mãe. Seu próprio. É uma pessoa humana. Ao privá-lo da vida se está pisoteando seu direito humano primitivo”.

“A multiplicação dos abortos que o senhor propícia com fármacos conhecidos como abortivos é apologia do crime de homicídio. Quando o senhor repartiu publicamente profiláticos aos jovens, recordava o texto do Evangelho onde nosso Senhor afirma que ‘os que escandalizam os pequenos merecem que lhe pendurem uma pedra de moinho ao pescoço e o atirem ao mar’”, indicou.

Esta foi a alegoria que desatou amargas reações entre as autoridades argentinas e os defensores do aborto, a pesar que Dom. Baseotto esclareceu que a expressão "jogar no mar" foi tirada de contexto.

"Inflou-se o tema, desfigurou-se completamente tirando de contexto o que disse, porque a carta trata de defender a vida frente a uma campanha que se está provando em todo o país e na América Latina, para introduzir legislação a favor do aborto", explicou o Bispo.

"A desfiguração, tirando-a de contexto, fazendo alusões a fatos ocorridos, conforme dizem durante a famosa ditadura militar e o que se adverte é uma campanha contra a Igreja", acrescentou.

Do mesmo modo, Dom. Baseotto pediu " que se leia a carta, para que não ocorra o de agora, onde lemos ou escutamos o que interpretam os meios de comunicação".