Um grupo de seminaristas, bispos e sacerdotes católicos no Iraque que participam da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Madrid 201, fez um dramático chamado à solidariedade de todos os fiéis do mundo para com eles, através especialmente da oração, depois dos brutais atentados nos que morreram um total de 74 pessoas e outras 300 resultaram feridas.

O pedido destes católicos iraquianos ocorre logo que extremistas muçulmanos –segundo o governo pertencentes ao Al Qaeda– perpetrassem 17 atentados em todo o país tornando o 15 de agosto no dia mais violento do ano no Iraque.

Em declarações ao grupo ACI logo depois de uma conferência de imprensa na Igreja Santo Agostinho em Madrid aonde explicaram a situação do Iraque, um dos seminaristas da cidade de Mossul, Samir Haddo Atallah, assinalou que "todos os jovens católicos são irmãos em Jesus Cristo, e os iraquianos necessitam que todos rezem por todo o país, pelos cristãos e os muçulmanos, porque o Iraque é muito importante para a Cristandade".

Atallah é um dos 18 seminaristas iraquianos de Mossul que participam da JMJ, acompanhados do Arcebispo Yohanna Petrus Mouche, e do Arcebispo Emérito, Dom Georges Casmoussa, quem se encontrou com alguns peregrinos espanhóis e mexicanos na Igreja Santo Agostinho.

O Pe. Salah Rafo Sheto, recentemente ordenado sacerdote, relatou logo ao grupo ACI que "os presbíteros e os bispos são assassinados, o Iraque é muito perigoso para nós. Por isso necessitamos um novo espírito para ser uma Igreja verdadeiramente eclesiástica. Precisamos ser pessoas conscientes da vida, não da morte".

Por sua parte, Dom Casmoussa animou a "não temer por nós, seguiremos carregando nossa cruz até o fim". Em declarações logo ao grupo ACI, o Bispo indicou que "os cristãos no Iraque não estamos contra ninguém, mas queremos trabalhar com os muçulmanos para poder juntos reconstruir o país".

O pároco da Igreja Santo Agostinho, Pe. José María Múñoz, assinalou logo depois de ouvir os testemunhos que "o mundo tem que saber, deve-se dizer claramente o que acontece nestes países".

Ao final do evento e diante das barreiras da comunicação que foram superadas em um ambiente de comunhão, todos os presentes rezaram pela paz no Iraque e por todos e cada um de seus habitantes.