O escritor e jornalista espanhol Juan Manuel de Prada afirmou que o achado da fé é um tesouro que responde às grandes interrogantes do homem e que o catolicismo serve os povos para resistir aos regimes fortemente dogmáticos.

"Os regimes ferreamente dogmáticos nunca deixam de usurpar o ser humano: povos arrasados em sua organização, família e religião, encontraram na fé católica uma resistência potente", afirmou durante o curso "Cristãos em Democracia", organizado pela Universidade Católica "São Vicente Mártir" de Valência (UCV).

Em nota de imprensa enviada no dia 3 de agosto à ACI Prensa, a UCV indicou que em sua exposição o jornalista abordou o tema do marxismo. El disse que o discurso desta ideologia se apóia em uma liberdade mal entendida e portanto viciada.

Nesse sentido, recordou que o marxismo foi uma reação contra o liberalismo, condenado pela Igreja constantemente e cuja expressão máxima é o capitalismo. "O liberalismo econômico acompanhou a destruição do tecido social que o cristianismo tinha criado anteriormente, fazendo desaparecer os grêmios e as instituições sociais e educativas", indicou.

Por sua parte, afirmou, o marxismo propôs abolir os dogmas do cristianismo criando uma nova ordem dogmática, onde a proposta católica de salvação foi substituída por um projeto de salvação terrena.

Entretanto, ele alertou que o comunismo não foi derrotado, mas que "abandonou sua antiga camiseta e se infiltrou na ordem liberal". A fusão de comunismo e liberalismo já foi produzida e acampou no Ocidente nas últimas décadas, afirmou.