O diretor executivo da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Madrid 2011, Yago de la Cierva, insistiu hoje que não é certo que a JMJ custará 50 milhões de euros aos cofres públicos da Espanha porque a contribuição das administrações central, autonômica e das locais consiste em "apenas ceder as instalações públicas".

Neste sentido, De la Cierva indicou que é a JMJ que arca com os gastos e que não há gasto de pessoal. Assim, por exemplo, assegurou De la Cierva, no caso dos colégios, não serão empregados que atenderão os centros e sim os organizadores da Jornada serão os encarregados da manutenção como a limpeza inicial e a final.

Concretamente o diretor da JMJ indicou que o que fazem as administrações públicas para contribuir à organização deste evento é aplicar os recursos ordinários.

De fato, o subdiretor do Patronato de Turismo, David Martín Vallesa, assegurou que a JMJ terá um "custo zero" para a Prefeitura de Madrid que não destinou um orçamento extraordinário para o evento.

Nesta linha, a diretora do Escritório de Imprensa da JMJ, Marieta Jaureguízar, recordou que a Jornada se auto-financia mediante as contribuições financeiras –30 por cento das empresas colaboradoras, que contribuíram com 15 milhões de euros, e 70 por cento dos peregrinos que já são mais de 420 000– e as contribuições em espécie.

Precisamente, a responsável da área de deficiência física da JMJ destacou que durante a terceira semana de agosto haverá uma barraca para os portadores de deficiência no Parque do Retiro, climatizada e com dez stands, que terá "um custo zero" graças à colaboração da Fundação Adecco.

Nesta barraca estarão localizadas instituições como a Ordem de São João de Deus e a Federação Internacional de Cegos, entre outras, para mostrar o serviço que a Igreja oferece a pessoas com deficiência e doentes.

No Jardín Del Buen Retiro também serão instalados 200 confessionários para converter este espaço verde de Madrid no "Parque do Perdão" onde sacerdotes de todo o mundo confessarão os peregrinos em diferentes idiomas.

O Papa Bento XVI também se aproximará para confessar pela primeira vez em uma JMJ um grupo de jovens.

Os confessionários foram desenhados pelo arquiteto Ignacio Vicens assim como os altares de Cibeles e Quatro Ventos. Vicens explicou que se trata de uma arquitetura "efêmera" que se monta e desmonta com rapidez ao mesmo tempo que é "contemporânea e alegre".

Em ambos os casos, conforme remarcou Vicens, tentou-se "sublinhar a presença do Papa" entre os milhares de jovens.

Além disso, indicou que no aeródromo de Quatro Ventos, o cenário será uma espécie de "montanha com colinas" a qual o Papa subirá para falar com os jovens onde uma árvore com uma superfície similar à de um campo de tênis e elaborada com aros metálicos e lona dará sombra ao Pontífice.

Por outra parte, o diretor da área de Alojamentos da JMJ, Luis Lavilla, indicou que 300 000 jovens solicitaram alojamento para os dias da Jornada e que 693 entidades públicas e outros 6 300 espaços entre paróquias e casas particulares foram cedidos aos peregrinos.

Do mesmo modo, assinalou que assegurarão as condições de salubridade e higiene através de uma normativa que foi passada a todos os responsáveis por alojamentos nas que constam uma série de normas de conduta que todos os peregrinos deverão assinar antes de alojar-se.