O Papa Bento XVI fez um enérgico chamado a abandonar a via do ódio e a fugir da lógica do mal, depois do duplo atentado na Noruega que até o momento cobrou a vida de 93 pessoas e deixou um total de 97 feridos.

Em suas palavras após a oração do Ângelus dominical na residência pontifícia do Castelgandolfo aonde chegaram milhares de fiéis, o Santo Padre assinalou sobre os atentados da sexta-feira 22 de julho em Oslo, que "uma vez mais chegam notícias de morte e violência".

A RTVE informou que o suspeito preso pelos dois atentados, Anders Breivik Behring, declarou à polícia que o massacre que perpetrou era "cruel", mas "necessário" e assegurou que atuou sozinho, mas se nega a explicar sua motivação. Além disso, ele o estava preparando desde 2009.

O norueguês de 32 anos reconheceu sua responsabilidade, conforme explicou seu advogado Geir Lippestad, em entrevista ao canal de televisão TV 2. "Ele explicou a seriedade do assunto, a incrível amplitude de feridos e mortos. Sua reação foi assumir que era cruel executar esses assassinatos, mas em sua opinião isto era necessário", disse.

Sobre estes fatos que foram qualificados pelo primeiro-ministro norueguês como uma "tragédia nacional", Bento XVI disse este domingo que "todos experimentamos uma profunda dor pelos graves atentados terroristas".

"Rezemos pelas vítimas, pelos feridos e pelos seus queridos. A todos desejo ainda repetir o apelo a abandonar para sempre o caminho do ódio e a fugir das lógicas do mal", concluiu.