Organizações civis que defendem a vida convocaram na Costa Rica a uma manifestação que será realizada na terça-feira 26 de julho às 18:00h perante a Assembléia Legislativa para expressar seu rechaço à fecundação in vitro (FIV).

Este tema esteve no olho da tormenta nos últimos dias neste país centro-americano onde esta técnica anti-vida não está legalizada, razão pela qual sofre as pressões da Comissão Interamericana de Direitos humanos para permitir sua legalização.

Dias atrás, o governo da Costa Rica censurou uma campanha da Rádio Fides que pertence à Arquidiocese de San José, por contar com uma menina de seis anos devidamente autorizada por seus pais em uma campanha contra a FIV.

As autoridades alegaram que não censuravam mas objetavam a participação de uma menor sem permissão paterna. Diante deste atropelo, foram apresentados diversos recursos legais, um dos quais corresponde aos pais da pequena identificada como "Sofi".

Pela vida, Associação para a Promoção da Vida Humana (ADEVI), e o Instituto Dignitas convidaram à manifestação de 26 de julho no Boulevard ao lado da Assembléia Legislativa.

A manifestação leva como título "Noite pela vida" e busca ser "uma iniciativa surgida de distintos grupos da sociedade civil e impulsionada desde as redes sociais, que pretende visibilizar a oposição a propostas que contrárias à dignidade inerente de cada ser humano e que atentam contra sua própria existência".

Na convocatória, os grupos pró-vida explicam que a FIV atenta "contra a dignidade do embrião humano ao manipulá-lo como um produto que pode ser descartado, colocado em um risco desproporcionado de morte e exposto a padecimentos futuros no caso de que chegue a sobreviver".

Os pró-vidas costarriquenhos também recordam que a FIV "atenta contra a dignidade da mulher ao submetê-la a um procedimento pouco eficaz, que ocasiona padecimentos médicos importantes em sua saúde e gera dependência à técnica no caso de querer mais de um filho, posto que a fecundação in vitro não resolve a infertilidade".

A "Noite pela vida" ocorre nas vésperas do Dia Nacional da Vida por Nascer, que por decreto é celebrado na Costa Rica desde 1999.

A doutrina católica se opõe à fecundação in vitro por duas razões primordiais: primeiro, porque se trata de um procedimento contrário à ordem natural da sexualidade que atenta contra a dignidade dos esposos e do matrimônio.

Em segundo lugar, porque a técnica supõe a eliminação de seres humanos em estado embrionário tanto fora como dentro do ventre materno, causando vários abortos em cada processo.