Apesar da crise econômica enfrentada por Portugal a Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) vem recebendo deste país ajuda econômica para os cristãos perseguidos no Egito. Em recentes declarações à AIS bispos católicos no Egito falaram das necessidades concretas enfrentadas neste país onde os cristãos representam apenas 10% da população e que apesar das dificuldades eles seguem firmemente unidos a Deus na oração.

Segundo informou a AIS em Portugal, “o mundo seguiu com particular atenção e ansiedade as gigantescas manifestações na Praça Tahir, no início do ano, em defesa de um país mais livre, plural, em que os cidadãos pudessem aspirar legitimamente à democracia”.

Porém, depois de que o ano tenha sido inaugurado “sob o signo da tragédia para os cristãos coptos do Egito – um ataque bombista provocou 21 mortos e oito dezenas de feridos – a mudança de regime não acalmou os receios da minoria cristã”.

Perante a possibilidade de o poder ser assaltado por grupos radicais, nomeadamente de inspiração islâmica, os cristãos coptos lançaram um pedido de ajuda à comunidade internacional

Dom William Kyrillos, Bispo copto-católico de Assiut, relatou à AIS a situação atual afirmando que “a Igreja e os seus seguidores no Egito estão novamente sob grande ameaça. Eles são vítimas de provocações, intimidações, violência e vivem sob um clima de terror por causa de grupos radicais que desejam erradicar o cristianismo do Egito.”

O bispo, dirigindo-se expressamente aos portugueses através da Fundação AIS, prossegue, dizendo que, “no entanto, os cristãos persistem no seu caminho e não deixam de rezar. Nós continuamos ainda mais unidos graças a Deus. E saberemos ultrapassar este desafio com amor e solidariedade.”

Kyrillos deixa ainda uma palavra especial de agradecimento “aos benfeitores da Fundação AIS em Portugal, que recordamos nas nossas orações, pedindo a bênção de Deus”.

Também o Cardeal Patriarca de Alexandria, Dom Antonios Naguib escreveu à AIS desde o Egito. “Precisamos muito da vossa ajuda. As vossas orações têm sido muito importantes e eficientes para nós. A vossa ajuda permite-nos dar resposta ás nossas necessidades pastorais”, afirmou prelado da Igreja Católica em Alexandria.

Assim, a AIS destaca o gesto de solidariedade do povo português, “que também atravessa dificuldades econômicas, mas que sabe, em todas as ocasiões, perceber o que é essencial”.

“O mundo não se pode alhear a esta ameaça. Portugal não vai ficar indiferente a este pedido de ajuda”, afirmam fontes da AIS, sublinhando que está em jogo a sobrevivência dos cristãos no Egito.

Para ajudar a campanha da AIS em favor dos cristãos no Egito visite: http://www.fundacao-ais.pt