A revista Convivencia afirmou que é a hora de que os cubanos expressem sem medos, exclusões ou repressões o que consideram ser o melhor para a ilha, porque "queremos para Cuba a liberdade intrínseca de todo ser humano, que ninguém pode outorgar, nem violar".

"Os direitos do Estado moderno só podem chegar até onde chega o âmbito público e nunca aos edifícios da vida privada de seus cidadãos. Controlar a vida privada de seus cidadãos não é apenas um abuso dos direitos do Estado, mas uma violação flagrante dos direitos das pessoas (…). A isto se chama totalitarismo", afirmou em seu editorial de maio-junho.

A revista recordou que, "durante séculos, a humanidade veio crescendo e amadurecendo em suas aspirações" de liberdade, igualdade e fraternidade "e essa herança martirial deve ser honrada".

A publicação advertiu que enquanto o sistema capitalista "pôs seu acento na liberdade por cima da igualdade e a fraternidade", o socialismo pôs seu acento "na igualdade por cima da liberdade e da fraternidade".

"Os resultados de ambos os sistemas são conhecidos de todos. Com suas luzes e suas sombras. A grande perdedora em ambos foi a fraternidade (…) Com liberdade sem igualdade e sem fraternidade o homem se converte em lobo para o homem. Da mesma forma, com igualdade imposta, sem liberdade e sem fraternidade, o Estado se converte em lobo para o homem. Não desejamos nenhuma das duas experiências para o futuro de Cuba".

A revista afirmou que "um significativo número dos cubanos pedem maiores graus de liberdade em suas diversas manifestações: liberdade pessoal para sermos nós mesmos sem medo, liberdade de consciência, de expressão, de reunião e de associação, liberdade econômica e política, liberdade religiosa (…), e outras muitas formas de exercício da liberdade individual".

"Queremos para Cuba a igualdade da dignidade e os direitos de cada ser humano perante Deus e perante a lei; queremos também a igualdade de oportunidades para progredir pessoal e comunitariamente. A falta de igualdade ante Deus e ante a lei provocou todo gênero de injustiças", acrescentou.

Convivência assegurou finalmente que "superar o medo e seguir propondo saídas éticas e possíveis para Cuba, é o melhor serviço à soberania cidadã, à identidade nacional e ao progresso econômico e espiritual dos cubanos e cubanas".

O artigo completo (em espanhol) pode ser lido em: http://convivenciacuba.es/content/view/636/59/