A Conferência Episcopal do Panamá concluiu sua reunião plenária com uma mensagem sobre a realidade da Igreja e a situação do país, na qual pedem aos governantes que superem o divórcio entre as necessidades do povo e os interesses da classe política.

Segundo o texto difundido pela agência Fides, os bispos reconhecem os esforços na formação dos seminários, a promoção da organização das paróquias e na entrega generosa de muitos missionários na dinâmica da Missão Nacional. Entretanto, os prelados estão ainda "preocupados com a falta de presença dos leigos comprometidos na vida política, econômica e social".

Sobre a realidade nacional, os bispos advertem que parece haver um verdadeiro “divórcio entre os interesses reais da classe política e as necessidades concretas do povo panamenho".

"Observamos com tristeza e preocupação, a atitude de alguns políticos que estão muito longe do que deve inspirar confiança e respeito. É necessário e imprescindível humanizar a política e recuperar seu sentido ético, dando prioridade à dignidade humana, ao bem comum e ao respeito à vontade dos eleitores. É importante, também, demonstrar a coerência entre a própria conduta e os princípios morais no cumprimento da missão", recordam.

O documento propõe a família como base da sociedade e recorda que "quem promove a família, promove o homem, quem ataca a família, ataca o homem".