O novo Arcebispo de Brasília, Dom Sérgio da Rocha, afirmou que a relação entre Igreja e Estado se faz sempre no respeito à autonomia de ambos e considera o campo da política um dos novos areópagos nos quais a Igreja deve fazer-se presente.

Em entrevista concedida ao portal Canção Nova Notícias, Dom Sérgio expressou também seu desejo de “que a Igreja de Brasília possa testemunhar a comunhão que se fundamenta na fé” em diversas iniciativas pastorais. O novo arcebispo da capital brasileira esteve na Arquidiocese de Teresina (PI) desde 2007, primeiro como Arcebispo Coadjutor e em 2008 assumiu o Arcebispado.

Em suas declarações o arcebispo conta que “no nordeste temos a graça de contar com um público muito acolhedor e com uma fé profunda e simples, mas perseverante que traz resistência diante das situações adversas” e que em Brasília, “será necessário dar atenção aos mais pobres e sofredores, mas é preciso dar atenção também às novas situações e ambientes, tanto no mundo da política, como no mundo da cultura”.

Esta é a segunda vez que um arcebispo de Teresina é nomeado para Brasília. O primeiro foi o Cardeal Dom José Freire Falcão que assumiu em 1984 e atualmente é Arcebispo emérito da Arquidiocese de Brasília.

Dom Sérgio destaca que a Igreja deve evangelizar nas diversas situações e nos diversos ambientes na sociedade, especialmente nas faculdades, utilizando os diversos meios de comunicação.

“Eu não tenho uma receita pronta, tenho os critérios que são oferecidos pela Igreja e pelo Evangelho. Por isso, quero trabalhar em comunhão, primeiramente com o Santo Padre, com a Igreja que está no Brasil através da CNBB, cuja sede está em Brasília, com a Nunciatura Apostólica, com a Igreja de todo Brasil e com aqueles que fazem o dia-a-dia da Igreja em Brasília, assumindo a missão da Igreja: a evangelização”, salienta.

Ao falar sobre o relacionamento entre a Igreja e o Estado Dom Sérgio afirmou que “o campo da política pode se considerar um destes novos areópagos, onde a Igreja precisa se fazer presente. Agora, o relacionamento com os três poderes (...) se faz sempre no respeito da autonomia de ambos. Na autonomia da Igreja, aquilo que é próprio da missão da Igreja, e na autonomia daquilo que é próprio dos três poderes da República”.

A posse do novo arcebispo está marcada para o dia 6 de agosto.

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