Foram concluídas este 15 de junho as Jornadas Pastorais da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP). As jornadas decorreram desde segunda-feira, em sete sessões, tendo como tema “«Repensar a Pastoral da Igreja em Portugal» no horizonte da nova evangelização”, projeto lançado pelos bispos portugueses há cerca de um ano e concluíram com um chamado aos católicos portugueses à Nova Envangelização.

“Não temos nada a defender, pelo contrário, temos a expor ao mundo uma verdade pessoal, profunda”, disse à Agência Ecclesia do episcopado português, Dom António Couto, organizador das Jornadas Pastorais, quem também afirmou que no contexto da Nova Evangelização, a Igreja deve “ir ter com o mundo, sem medo”, de forma “transparente, de acordo com a verdade”.

O bispo auxiliar de Braga falou num “grande trabalho, feito desde a base, que tem envolvido milhares de pessoas”, incluindo “denúncias deste ou daquele aspeto que não estava tão bem”.

“Durante estes dias foi crescendo claramente a ideia de que temos todos de caminhar, estamos num caminho que não é para fechar, não é para conclusão imediata e deve ser um espaço relacional”, assinalou Dom Couto.

Para tal fim, acrescenta o bispo em suas declarações à Agência Ecclesia, será necessário envolver “o maior número de pessoas”, os cristãos que se “sintam vivos, ativos, atuantes”, empenhando-os neste dinamismo.

“Pretendemos mostrar uma Igreja que ame como Jesus Cristo e que se sinta enviada ao mundo em missão, que é uma das tarefas fundamentais destes dias, dada a nova evangelização”, afirmou o também auxiliar de Braga.

Dom Couto destacou a insistência dada à palavra “testemunhas”, durante estes dias: “A testemunha verdadeira é aquela que gera vida”.

Os trabalhos contaram com intervenções, entre outros, do cardeal José Policarpo, presidente da CEP, e do arcebispo italiano Rino Fisichella, presidente do Conselho Pontifício para a Promoção da Nova Evangelização.

As jornadas reuniram cerca de 80 pessoas, entre as quais 45 bispos e representantes das diversas dioceses, congregações religiosas e movimentos eclesiais de Portugal.