O Prefeito Emérito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, o Cardeal Jorge Medina, chamou os parlamentares católicos a não dar seu voto ao Acordo de Vida em Comum, porque abriria as portas às uniões homossexuais no Chile.

"A iniciativa é lamentável, porque não se trata de regular ou regulamentar as uniões de fato, mas sim favorecê-las", disse esta segunda-feira o purpurado à Radio Bío Bío. "Isto significa, desde o ponto de vista da lei, dar um golpe ao matrimônio e introduzir um elemento mais para debilitar esta instituição essencial para toda sociedade que é o matrimônio entre um homem e uma mulher para toda a vida", acrescentou.
O Cardeal advertiu que o matrimônio "já foi debilitado com um golpe feroz ao ser aprovada a lei de divórcio". "Nossa postura não vai mudar, porque tudo o que signifique debilitar o matrimônio é negativo e lamentável", assinalou.

O Cardeal também recomendou às pessoas com tendência homossexual "que evitem o contato com pessoas homossexuais, porque já sabemos onde pode parar esta coisa. É um esforço, mas toda vida cristã implica um esforço".

"A tendência homossexual é algo que a ciência não esclareceu de onde procede. Uma pessoa pode tê-la, mas viver conforme à moral, quer dizer, não viver com um casal, não deixar-se levar por esse impulso da homossexualidade que é muito forte", assinalou.

O Cardeal Medina recordou que uma convivência homossexual é "desde o ponto de vista católico e cristão é inaceitável. São Paulo disse: 'Os que pratiquem a sodomia não verão o reino de Deus'. Não se pode dizer uma coisa mais forte".

"Quando uma pessoa tem a tendência homossexual muito forte, não deveria contrair matrimônio, porque está viciado ao ponto que um tribunal eclesiástico poderia considerá-lo nulo, está considerado no direito canônico", explicou.