O presidente do comitê organizador da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), Cardeal Antonio María Rouco Varela, afirmou que este evento é "uma oportunidade para que (os jovens) deixem-se iluminar por Cristo, e ali em seu coração e em seus sentimentos de entrega e solidariedade descubram os alicerces de sua vida".

Durante um evento em Madrid chamado Foro da Nova Sociedade o Cardeal disse que os frutos de entrega das JMJ podem ser vistos nas vocações sacerdotais, à vida consagrada e ao matrimônio que surgem logo depois destes eventos.

"Mas também e sobre tudo no longo prazo supõem uma contribuição à sociedade atual: energia para resolver a crise e fortalecer o caminho da paz", afirmou esta quinta-feira.

O Cardeal Rouco explicou que os problemas dos jovens (...) “sobre tudo estão em seu coração, e aí é o único lugar onde podem ser solucionados. A democracia vive de pressupostos que ela mesma não se pode dar. Deve beber de outras fontes de humanidade".

O também Arcebispo de Madrid disse que não é uma coincidencia que o Papa Bento XVI escolhesse a Espanha como sede da JMJ 2011. "Tem relação com a projeção de riqueza espiritual da história deste país na história da Igreja e a cultura do Ocidente", afirmou.
O Cardeal assinalou que os atos da JMJ são "baratos" porque "não há nada tão barato como rezar".

"Não acredito que por essa riqueza do encontro, da oração, do exame de consciência e de crescer em bondade de coração e em compromisso pelos grandes bens do homem, não valha a pena fazer esse sacrifício", disse, e acrescentou que a JMJ também terá "benefícios laterais desde o ponto de vista econômico" para Madrid e Espanha.

Segundo os organizadores, até o momento já há perto de 400 000 jovens inscritos de 182 países.