O Presidente do Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais, Dom John P. Foley, considerou a nova carta apostólica do Papa João Paulo II aos responsáveis pelas comunicações sociais, intitulada "O desenvolvimento rápido", como uma obra-prima da intuição do Santo Padre.

"O ‘desenvolvimento rápido’ é uma obra-prima de intuição sobre o significado dos meios de comunicação social em nossa época”, indicou, e citou um parágrafo do documento no qual o Papa explica que “a nossa é uma época de comunicação global, onde muitos momentos da existência humana se articulam através de processos mediáticos ou, pelo menos, devem confrontar-se com eles".

O Arcebispo explicou que a carta apresentada hoje é o resultado do desejo manifestado no ano passado pelo Santo Padre, que queria comemorar o aniversário da "Inter Mirifica" com um documento novo. "Emocionei-me muito lendo as palavras do Papa; o documento para mim é uma meditação pessoal, um desafio e um plano de ação", assinalou.

Por sua vez, Dom. Renato Boccardo, secretário do dicasterio, recordou que "muitas vezes em suas intervenções João Paulo II afirmou que as questões expostas pelas comunicações sociais em seu núcleo são de natureza eminentemente antropológica. Considera os meios como agentes ativos na construção de horizontes culturais e de valores dentro dos quais cada homem e cada mulher  entende a si mesmo, aos outros, ao mundo".

Do mesmo modo, considerou necessária uma séria reflexão ética a respeito da responsabilidade pessoal e social dentro do mundo dos meios de comunicação, sobre tudo dos novos meios como a Internet.

"A Internet -disse- dá uma nova definição radical da relação psicológica da pessoa com o espaço e o tempo. Atrai a atenção sobre o que é tangível, útil, imediatamente disponível", mas o que às vezes falta é um processo de "reflexão mais profunda". "A pessoa 'on line' é a pessoa do presente, da satisfação imediata" que procura respostas e "a grande Rede é armazém de experiências sempre disponíveis".