Asia Bibi, a cristã paquistanesa condenada à morte injustamente por "blasfêmia" passou o dia das mães experimentando a dor de não poder abraçar seus filhos, mas também a oração e a confiança em Deus na esperança da salvação e da liberdade, afirmaram fontes da agência Fides.

Segundo a "Masihi Foundation", que se ocupa da assistência legal da mulher e da proteção de sua família, Asia recebeu nos últimos dias a visita de sua filha menor (Eshum, 10 anos), que lhe levou, com um buquê de flores, o abraço e o carinho de todos os irmãos.

Foi um momento comovente e Asia viveu o encontro em lágrimas. Nestes dias, ela sente fortemente a solidão e deseja ardentemente reunir-se com a família. Outra situação a preocupa: um de seus filhos, Imran Masih, está noivo e quer se casar, mas deseja a presença da mãe na cerimônia.

A família de Asia, informa a "Masihi Foundation", continua sua vida protegida de olhares indiscretos, confiando no trabalho dos advogados.

Por sua vez, Asia recebeu nas últimas semanas os remédios para a cura da catapora e, depois do jejum quaresmal, voltou a se alimentar. Suas condições psicológicas oscilam entre o desespero e a dor da vida de uma pessoa inocente presa, e a oração que a induz a confiar sempre na Providência de Deus. A iniciativa do Dia Especial de oração para ela a encorajou bastante, na consciência de que muitas pessoas no mundo estão rezando por sua salvação, informou o portal Canção Nova Notícias em matéria com a Agência Fides.

Entretanto, no contexto geral da situação paquistanesa, a atenção da opinião pública está centralizada nas implicações políticas do “pós-Bin Laden” e o caso de Asia Bibi parece ter sumido das crônicas e debates. Fontes da Agência Fides notam que isso permite aos advogados maiores margens de manobra, em nível legal, sem sentir demasiadamente as pressões de grupos radicais.